sábado, 4 de setembro de 2010

Stephen Hawking descarta papel de Deus na criação do Universo


Em seu novo livro, físico britânico afirma que 'a criação espontânea' é a razão pela qual existe algo em vez de nada.
O cientista britânico Stephen Hawking afirma em seu novo livro, ainda inédito, que a física moderna descarta a participação de Deus na origem do Universo e diz que aparentemente o Big Bang foi uma consequência natural das leis da física.

Em "The Great Design" (O Grande Projeto, em tradução livre), que teve trechos publicados nesta quinta-feira (2) pelo jornal britânico "The Times", Hawking afirma que "a criação espontânea é a razão pela qual existe algo em vez de nada".

O cientista cita a descoberta de um planeta orbitando uma estrela que não o Sol, ocorrida em 1992, como algo que faz as condições planetárias terrestres - como a relação entre a massa solar e a distância para o Sol, por exemplo - parecerem provas "muito menos convincentes de que a Terra foi cuidadosamente projetada somente para agradar a nós, seres humanos".

"Devido à existência de uma lei como a da gravidade, o Universo pode e vai criar a si mesmo do nada", afirma o físico no livro.

"A criação espontânea é a razão pela qual existe algo em vez de nada, do porquê o Universo existe, do porquê nós existimos", diz Hawking.

The Great Design foi escrito em parceria com o físico norte-americano Leonard Mlodinow e tem lançamento previsto para o próximo dia 9.

Mudança

Os trechos indicam uma aparente mudança de opinião em relação a uma das obras mais conhecidas de Hawking.

Em seu livro "Uma Breve História do Tempo", publicado em 1988, o cientista sugeria que a ideia de uma criação divina seria compatível com uma compreensão científica do Universo.

"Se nós descobrirmos uma teoria completa, será o triunfo definitivo da razão humana - pois então nós deveremos conhecer a mente de Deus", escreveu então o cientista.

"Uma Breve História do Tempo" teve mais de 9 milhões de cópias vendidas em todo o mundo.

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