sábado, 14 de janeiro de 2012

Exames anuais não reduzem mortes por câncer de próstata...ou seja...


Uma pesquisa feita por cientistas norte-americanos afirmou que realizar exames frequentes para diagnóstico de câncer de próstata em homens não reduz o número de mortes provocadas pela doença.
O estudo acompanhou 76 mil homens entre 55 e 74 anos nos EUA. Apesar de não impedir óbitos, a detecção subiu 12% com testes anuais. O trabalho foi feito por profissionais da Escola de Medicina da Universidade de Washington, localizada na cidade de Saint Louis, no centro dos Estados Unidos. Os resultados foram divulgados em uma publicação médica do Instituto Nacional de Câncer do país.
Para o urólogo Gerald Andriole, principal autor do estudo, a maior parte dos homens não precisa passar pelos exames anualmente. Entre os que passaram por testes anuais, o número de casos de câncer detectados foi 12% maior (4.250 tumores contra 3.815).
Andriole aconselha que os homens devem solicitar um teste de PSA (proteína chamada antígeno prostático específico) logo ao completar 40 anos, porque pesquisas recentes revelam que o aumento da substância nessa idade pode indicar o surgimento de um tumor na próstata depois de alguns anos. Segundo o urólogo, agora é possível dizer com mais segurança que os homens mais jovens irão se beneficiar mais dos exames para diagnosticar câncer de próstata.
Andriole defende uma mudança na prática médica e afirma que idosos e pessoas com expectativa de vida limitada não devem passar pelos testes. Ele ainda afirma que é preciso focar no monitoramento de homens saudáveis e jovens, principalmente aqueles com risco maior de desenvolver a doença como pessoas com histórico familiar e afrodescendentes.
Outro argumento lembrado pelo médico está no fato de muitos pacientes morrerem por conta de outras doenças como ataque cardíaco, derrames, diabetes, doenças no pulmão e no fígado antes de serem afetadas pelos tumores na próstata ( glândula que produz parte do material que compõe o esperma).
Os pesquisadores norte-americanos vão continuar acompanhando os pacientes do estudo até completarem 15 anos de monitoramento.

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