Uma geração influenciada pela magia já não tem medo do oculto, pelo contrário, foram "contagiados" pelos fascínios da feitiçaria.
"Mas...aos feiticeiros...a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda morte." Apocalipse 21.8
Abaixo segue um artigo que encontrei onde algumas crianças que cresceram lendo os livros da saga deixam seus depoimentos sobre essa experiência.
Tem gente que até conheceu o namorado por causa da saga! Conheça outras histórias que mudaram com a mágica de Hogwarts
Fãs cresceram praticamente com Harry, Ron e Hermione.
Aos 11 anos, um garoto órfão que mora embaixo da escada da casa dos tios recebe uma carta de uma escola de magia, entra em uma plataforma da estação de trem pela parede e passa a aprender feitiços que fazem objetos levitarem. Parece uma história absurda, mas muita gente tem um amigo que viveu todos esses fatos.
Quem acompanha a saga “Harry Potter” desde 1997 e aguardou ansiosamente pelo lançamento de cada um dos livros e filmes pode ser taxado de fã da obra de J.K. Rowling. Mas, olhando de perto, a relação é um pouco mais íntima do que isso. “Comecei a ler a saga aos 13 anos e fui crescendo junto com os personagens. Eles têm problemas e revoltas pelos quais você também passa naquela idade”, conta a publicitária Lecticia Thomaz, de 25 anos.
A identificação imediata dos leitores com Harry, Hermione, Ron e os outros alunos de Hogwarts, além da criação de um mundo de magia e fantasia tão bem planejado que parece real, fez com que os apaixonados pela série se sentissem parte dela. “Eu e os personagens tínhamos idades próximas e, no começo, brincava com os meus amigos: ‘será que a minha carta não vai chegar?’”, diz a estudante de Letras Juliana Prol, de 22 anos, que conta que se apaixonou pela série porque os personagens, apesar da pouca idade, moravam longe dos pais e tinham certa independência.
Para ela, vivenciar as histórias de J.K. Rowling vai além de ler os livros. “Entre um livro e outro nós fazíamos apostas no fórum, discutíamos trechos... E até hoje, quando eu releio, lembro das brigas, das discussões e das pessoas que choravam com a história” conta Juliana. “E isso nenhum livro vai substituir”, diz.
O economista Victor Cotrim, de 24 anos, conta que, assim que um livro era lançado, ele comprava e devorava. “Lia direto. Virava noites até terminar”, diz. Mas esse era apenas o começo do envolvimento com cada nova etapa da saga. “Depois eu ficava comentando nos fóruns de discussão, debatendo teorias da conspiração e as novas informações sobre o mundo mágico viravam detalhes no jogo de RPG”, explica.
Neste game, cada amigo de Victor cria um personagem com traços psicológicos bem específicos e eles passam a vivê-los dentro do cenário do filme. É uma maneira de vivenciar o mundo de Harry Potter com Hogwarts, sapos de chocolate, nôitibus andante e tudo o que ele engloba.
O lançamento do último filme, marcado para o próximo dia 15, é o último suspiro antes de eles se sentirem oficialmente órfãos de Harry. “Já sei que vou chorar horrores no filme, mas vamos lá”, conta Lecticia, afirmando que vai ver o filme no cinema, mas talvez não na pré-estreia, porque não gosta da gritaria durante as cenas mais emocionantes. “Não é um personagem de um filme, que você já sabe o final. É uma história com a qual você se envolve, imagina, passa anos pensando sobre cada personagem”, explica, afirmando que mesmo com a expectativa do último filme, já se sente bastante órfã, porque não tem mais a curiosidade sobre o que está por vir.
“Conheci meu namorado graças ao Harry”
Assim como os leitores da saga entraram no mundo criado por J.K Rowling, a obra da autora também passou a fazer parte da vida dos fãs. “Antes do Harry Potter eu lia por obrigação. Mas acompanhava muitos filmes, e como gostei do primeiro da série, quis me alimentar daquele mundo”, diz Victor. “Enquanto não saía um novo livro, procurava outros, e comecei a ler mangás, ‘Senhor dos Anéis’, ‘Crônicas de Fogo e Gelo’, que deu origem à série ‘Game of Thrones’, e agora estou lendo ‘A Batalha do Apocalipse’”, conta o economista, assumindo a paixão pela fantasia e cultura medieval. O amor pela saga também uniu os leitores. “Tenho amigos com quem saio até hoje que conheci aos 13 anos”, afirma Juliana, que conheceu a melhor amiga, Cintia, no fórum Beco Diagonal. “Nós fizemos tatuagens iguais para simbolizar os livros. São estrelinhas na barriga”, diz.
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Fonte: iG
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