quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

No Egito, Mubarak reafirma que quer ficar à frente de governo de transição


Presidente decepciona manifestantes que esperavam sua renúncia imediata. Ele mudou leis, transferiu poderes ao vice, mas não especificou quais.

Em discurso ao povo egípcio, Hosni Mubarak disse que não vai aceitar intervenções estrangeiras. Ele lembrou que o país passa por uma situação difícil e que é preciso repensar certas atitudes.



O presidente do Egito, Hosni Mubarak, decepcionou os manifestantes que esperavam sua renúncia imediata e confirmou, em discurso nesta quinta-feira (10), que pretende continuar no governo, à frente de uma transição de poder, e que iria transferir poderes ao seu vice, Omar Suleiman.


Ele afirmou que a transição vai ocorrer "dia após dia" e prometeu proteger a Constituição durante todo o processo. Mubarak anunciou "procedimentos constitucionais", com mudanças em seis artigos e a suspensão de um sétimo.

Ele disse que propôs emendas aos artigos 76, 77, 88, 93 e 189, e cancelou o 179, que dava poderes extras ao governo em caso de combate ao terrorismo.

Mubarak afirmou que iria transferir poderes a Suleiman, segundo a Constituição, mas não esclareceu quando, até que ponto ou de que maneira isso ocorreria. Em entrevista, Suleiman se comprometeu a tentar fazer "uma transição pacífica de poder".

Isso seria uma demonstração de que as reivindicações dos manifestantes seriam respondidas pelo diálogo. Mubarak também disse que o diálogo com a oposição levou a um "consenso preliminar" para resolver a crise.

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